Liderar pessoas ou a própria vida, não é tarefa fácil, nem para um bruxo

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Assistir desenhos, filmes, avaliar as histórias nos jogos de vídeo games... Tudo na vida tem ensinamentos. Gosto dos ensinamentos contidos na saga Harry Potter e compartilho esta síntese para melhoria da liderança de nossas vidas. A superação do abandono, a luta da relação bem e mal - a sombra do protagonista sendo conhecida e utiizada para seu crescimento, o lidar com as perdas, superar frustrações... Ensinamentos fundamentais para diversos públicos, mas fico feliz que as novas gerações tenham esses exemplos ricos desde cedo, pois tem mais chance de lidar melhor com a própria vida. Aprendendo liderança com Harry Potter Por João Baptista Vilhena A saga Harry Potter se desenvolve ao longo de sete livros. Em cada um deles há importantes lições que os líderes contemporâneos poderiam utilizar em seu dia a dia. No primeiro livro (A pedra filosofal), o simpático bruxinho nos ensina que para liderar é preciso, antes de tudo, acreditar que as coisas podem ser ainda melhores do que jamais foram. Esse insight nos permite compreender porque é fundamental que os líderes tenham consciência do ônus e bônus inerentes à sua função, o quanto é importante saber fazer as escolhas certas, o valor dos inestimáveis aliados e o risco de subestimar os inimigos. No segundo livro da saga (A câmara secreta), Harry nos inspira a pensar sobre como lidar com trade-offs e nos remete à reflexão sobre o estilo de liderança que devemos adotar. Durante seus frequentes atritos com Draco Malfoy, pode-se verificar que Harry deixa transparecer algo que muitos líderes lutam para esconder: que são seres sensíveis ao bem, mas também o são ao mal. Baseado no livro três (O prisioneiro de Azkaban), é possível estabelecer uma analogia entre os “dementadores” (os guardas da prisão de Azkaban, que alimentam-se da felicidade das pessoas e sugam todas as lembranças felizes delas) e a importância do modelo mental no exercício da liderança. Também é possível verificar como é importante saber onde estamos pisando (nosso “mapa do maroto” – o mapa mágico que exibe todos os corredores e as passagens secretas, bem como a localização exata das pessoas). Outro aspecto interessante é a reflexão sobre como utilizar experiências anteriores para tomar decisões mais seguras e discutir por que, às vezes, nossos inimigos podem ser nossos melhores aliados. O quarto livro (O cálice de fogo) inspira-nos a utilizar nossas memórias na hora de tomar decisões e nos ajuda a refletir sobre a importância de não nos preocuparmos apenas em vencer a qualquer custo. Um novo momento de reflexão pode ser vivido com a leitura do livro cinco (A Ordem da Fênix), que nos alerta sobre a importância de manter a mente livre de interferências, ensina a nos prepararmos para perder até mesmo pessoas que amamos e nos leva a refletir sobre a importância de não temer as injustiças. Podemos utilizar o sexto livro (O príncipe mestiço) para refletirmos com Harry sobre a importância de aprender com quem já fez melhor antes, conhecer a história daqueles que nos cercam e ter cautela com pessoas más. Finalmente, chega a grande apoteose do livro sete (As relíquias da morte), para lembrar-nos de que mesmo os amigos mais leais podem ter ciúmes de nosso sucesso. Acreditamos que é possível utilizar a obra de J.K. Rowling para pensar sobre: Como aproveitar as metáforas contidas nos sete livros da saga para refletir sobre liderança. Como analisar os principais desafios do líder contemporâneo. Como compartilhar experiências, discutindo teorias e posturas que podem conduzir a formação de um estilo de liderança que promova a obtenção de resultados sem abrir mão de um tratamento mais humano vindo do liderado. Não há dúvida de que formar líderes capazes de enfrentar desafios como a chegada da geração Y ao mercado de trabalho, o apagão da mão de obra, o uso cada vez mais intenso de novas tecnologias no ambiente de trabalho, a necessidade de desenvolvimento de visão sistêmica e tantos outros mais não é tarefa fácil. A ausência de novas abordagens que possam estimular pessoas a estudar liderança é um fator que aguça esse desafio.

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