Vamos refletir sobre um tema que nos acompanha do nascimento até o último dia de vida, que é a educação. É um tema fundamental para nós como seres integrais, em todas as vertentes de nossa vida, quanto para os que nos cercam, principalmente filhos na formação básica.
Aproveito para sugerir um vídeo do especialista em educação e criatividade Sir Ken Robinson, um dos recordistas de downloads (mais de 4 milhões) no site da ONG TED, uma organização sem fins lucrativos dedicada a “ideias que valem a pena espalhar”. Neste novo vídeo, Robinson afirma que o mundo está vivendo uma crise de recursos humanos e que a educação não está contribuindo para despertar talentos.
O link é: http://profissaomestreegestaoeducacional.blogspot.com.
(tem legendas em português)


Resiliência e educação

O medo do fracasso é um dos motivos pelos quais desenvolvemos resistência à aprendizagem. Adquirir um novo conhecimento exige persistência, dedicação e esforço; requer tempo, renúncia a várias formas mais imediatas de prazer, e, principalmente, abdicar do conforto oferecido pelas habilidades já dominadas. Aprender um novo idioma, por exemplo, demanda investimento financeiro e intelectual. Envolve frustração, insistência, leituras, conversas, testes, mais leituras, e, ao final, muita alegria e o descortinamento de novas possibilidades culturais e profissionais.
O maior problema parece ser a dificuldade de trilhar os árduos passos necessários para o aprendizado, pois estamos imersos em uma cultura na qual se deposita demasiada esperança na sorte, no jeitinho, nos milagres de loterias e “realities shows”. A impressão generalizada é a de que o esforço pessoal, o zelo, o aprofundamento dos estudos de nada valem, pois o mundo é dos espertos e não dos dedicados. Boa parte dos heróis midiáticos parece ungida pela fortuna sem necessidade de perseverar em objetivos educacionais ou profissionais, bafejados por boa estrela em pontos de ônibus ou passeios em shoppings, sem vicissitudes existenciais, sem sofrimentos visíveis.
Não é bem assim, para cada pessoa que obteve sucesso instantâneo há milhares de outras que não o conseguiram; e mesmo os aparentes felizardos muitas vezes atingiram suas metas com sacrifícios, algum talento e muita sorte. Na vida real erramos, somos criticados e ficamos constrangidos.
Como superar o receio dos tropeços, a vergonha da exposição pública de insuficiências, das faltas, das ignorâncias? Alguns pais, e com as melhores intenções, cultivam excessivamente o desejo da vitória em seus filhos, esquecendo-se de pontuar o difícil caminho para obtê-la, e muitos desses filhos crescerão com a sensação de que o sucesso lhes é devido, por decreto e sem esforço. À primeira frustração correrão a buscar culpado externo, eventualmente sua escola, que não ensinou corretamente, ou seja, de forma fácil e sem atribulações, todo o necessário para evitar o malogro.
Nenhum professor ensina sem ter desenvolvido em longos anos de estudo suas habilidades e conhecimentos, ninguém aprende por magia ou mero compromisso apenas com o resultado. Obstáculos fazem parte do processo educacional, alguns fracassos ensinam mais que certos triunfos.
O ser humano desta nova era deve possuir resiliência. Resiliência, em Resistência dos Materiais, é a propriedade de um corpo se deformar quando submetido à determinada tensão e retomar sua forma original depois de cessada a aplicação da força que o deformara. Em termos educacionais é a qualidade de ser adaptável a novas situações e conhecimentos, sem perder a determinação original e os fundamentos éticos e cognitivos, já que o conteúdo vem antes da técnica. Afinal, comunicadas oralmente, escritas em pergaminho, impressas em papel, transmitidas pela internet, as palavras do pensador de mais de dois mil anos atrás têm maior importância que o meio em que são divulgadas: “conhece a ti mesmo”. Autoconhecimento não é simples, e envolve muitos enganos. Precisamos ver nossos fracassos como outra forma de aprendizagem.

Texto de Wanda Camargo, coordenadora da Comissão do Processo Seletivo das Faculdades integradas do Brasil (UniBrasil).

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O SALTO

Vamos a uma história chamada “Eu sou o obstáculo”, contada por Osho (1996) em seu livro “Antes que Você Morra”: Certa vez um cão estava quase morto de sede, parado junto à água. Toda vez que ele olhava o seu reflexo na água ficava assustado e recuava, porque pensava ser outro cão. Finalmente, era tamanha a sua sede, que abandonou o medo e se atirou para dentro da água. Com isto, o reflexo desapareceu.

O cão descobriu que o obstáculo - que era ele próprio, a barreira entre ele e o que buscava, havia desaparecido.

Nós estamos parados no meio do nosso próprio caminho. E, a menos que compreendamos isso, nada será possível em direção ao nosso crescimento. Se a barreira fosse alguma outra pessoa, poderíamos nos desviar. Mas nós somos a barreira. Nós não podemos nos desviar - quem vai desviar-se de quem? Nossa barreira somos nós e nos seguirá como uma sombra.

Esse é o ponto onde nós estamos - juntos da água, quase mortos de sede. Mas alguma coisa nos impede, porque nós não estamos saltando para dentro. Alguma coisa nos segura. O que é? É uma espécie de medo. Porque a margem é conhecida, é familiar e pular no rio é ir em
direção ao desconhecido. O medo sempre diz: “agarre-se àquilo que é familiar, ao que é conhecido”. E as nossas misérias, nossas tristezas, nossas depressões, nossas angústias, nossos complexos, nos são familiares, são habituais. Nós vivemos com eles por tanto
tempo e nos agarramos a eles como se fosse um tesouro. O que nós temos conseguido com isso? Será que não podemos renunciar às nossas misérias? Já não vivemos o bastante com elas? Será que já não nos mutilaram demais? O que nós estamos esperando? Esse é o caso de todos nós. Ninguém nos está impedindo. Apenas o próprio reflexo entre nós e o nosso destino, entre nós como uma semente e nós como uma flor.

Não há ninguém nos impedindo, criando qualquer obstáculo. Portanto, não continuemos a
jogar a responsabilidade nos outros. Essa é uma forma de nos consolar. Deixemos de nos consolar, deixemos de ter autopiedade. Fiquemos atentos. Abramos os olhos. Vejamos o que está acontecendo com nossa vida.

Escolhamos o certo e decidamos dar o salto.

Trecho retirado do Livro Metamorfose do Líder
Isabel Rios Piñeiro

Depoimento sobre o livro:

Luiz Carlos Nardi 19/06/2010 20:23:34

"Olá Isabel, acabei de ler seu livro "Metamorfose do Líder" foi o melhor livro que já li nos ultimos anos, as jornadas, nossos fantasmas, nossos dragões e as lições da forma que vc explica contribui muito para nós administrar-mos nossas emoções, coordenar nossos projetos para uma qualidade de vida melhor, "PARABENS", pena que na editora Pandion está esgotado, tenho vários amigos querendo comprar, abraços."

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