Felicidade Sintética

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FELICIDADE SINTÉTICA

Felicidade natural é o que obtemos quando temos o que queríamos.
E felicidade sintética? É um remédio que tomamos quando estamos frustrados?
Não, felicidade sintética é o que criamos quando não conseguimos ou não temos o que queremos, ou mesmo, é um sentimento criado em algum acontecimento que vivenciamos e que não esperávamos tê-lo vivenciado.

Em pesquisas recentes e estudos estatísticos, constatamos que a felicidade sintética tem maior peso na nossa vida do que pensamos, ou seja, não ter o que queremos pode nos fazer tão felizes quanto ter, segundo estudos da Universidade de Harvard.

A finalidade básica da nossa existência é alcançarmos a felicidade. Não interessam quais os nossos objetivos, o que nós sempre procuramos incansavelmente é a nossa felicidade e nessa busca a serotonina é fundamental, pois seus níveis influenciam em muito a sensação de felicidade. Pensando de forma positiva e agindo desta forma, obtemos um resultado palpável nos níveis deste neurotransmissor, criando mais serotonina que por fim nos deixa felizes.
Estabelecendo um objetivo e atingindo-o vamos criar mais serotonina no organismo, porém se não esperamos um determinado acontecimento que, a princípio se pensássemos com antecedência nele o consideraríamos ruim, ele também pode gerar felicidade.

Anos de evolução e o nosso cérebro triplica de tamanho e ganha uma nova estrutura, e com isso ganhamos novas capacidades. O lobo frontal desenvolve-se e criam-se novas áreas, uma delas o córtex prefrontal, que nos propicia a oportunidade de simular experiências sem as ter vivido. Somos o único animal capaz de experimentar sensações novas através de memórias, recordações e aprendizagens. Somos capazes de instantaneamente prever o que uma dada situação pode originar, e somos incentivados a tomar decisões com base nestas simulações. Este método é perigoso, pois podemos estar impedindo a vivência de algumas situações que seriam boas para nós, com base em nossos valores, crenças e hábitos, que podem não estar ou ser tão correto assim. Bem como, podemos supervalorizar uma experiência que no fundo não é objeto de grande valor.

As experiências humanas, felizes ou não, tem muito menos impacto, menos intensidade e muito menos duração que as pessoas esperam que tenham. Na verdade um estudo recente mostrando quanto grandes traumas da vida afeta as pessoas, sugere que se aconteceu há mais de três meses, com poucas exceções, não tem nenhum impacto na sua felicidade, pois a felicidade pode ser sintetizada.

Seres humanos têm algo que se pode considerar um sistema imunopsicológico. Um sistema que conduz seus processos, principalmente inconscientes, que os ajudam a mudar suas visões de mundo, para que possam se sentir melhor sobre o mundo em que estão. Todas as pessoas possuem este sistema, mas parecem não saber.

Podemos desconfiar e acreditar que a felicidade sintética não é da mesma qualidade da que se chamaria felicidade natural, mas já está comprovado que a felicidade sintética é, em todos os aspectos, tão real e durável quanto a felicidade que a pessoa obtém quando conquista exatamente o que queria. Ou seja, as pessoas têm a capacidade de fabricar felicidade diante de situações indesejáveis. A pesquisa em Harvard, desenvolvida pelo psicólogo Dan Gilbert, mostra que esta felicidade que se fabrica é tão boa e tão duradoura quanto a felicidade que se sente quando alguma coisa boa de fato acontece.

Num de seus excelentes artigos Caio César Santos cita uma conversa que teve com um amigo e mestre em Yoga. Ele falou que durante a sua formação perguntou ao seu mestre, na época, se teria que ir para a Índia para se aprofundar. O mestre dele respondeu: "A Índia é um estado da mente".

Isso fez Caio pensar que: “quando conseguimos conquistar as coisas em nossas vidas atingimos um estado de êxtase e passamos a vida tentando repetir isto. Ficamos fascinados pela sensação que sentimos naquele momento e, erroneamente, depositamos a fonte deste sentimento em algo externo: na conquista amorosa, no bem material, no reconhecimento público, na auto importância etc. Não foi o objeto da conquista que o fez feliz, foi como você se sentiu a respeito dele! Este é apenas um estado da mente! E você pode desenvolver habilidades em sua consciência para sentir isto sem depender de nenhum fator externo. Religar sua fonte interior e sentir o êxtase de estar vivo!”

Agora é só refletir, buscar mudar nossos valores a respeito do tema e aproveitar ao máximo a serotonina!

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